segunda-feira, 11 de junho de 2007

Tres gibis q mudaram a "H" das HQs


Esse texto foi escrito pra um zine de um conhecido q me pediu para colocar tres obras q mudaram a historia dos quadrinhos e um pior gibi.


Apresento-vos aqui três obras dos quadrinhos que mudaram o futuro de seu mundo, me perdoem por qualquer insulto ao gosto do leitor, mas isso foi escrito baseado em minha opinião impenetrável de amante dos gibis. Desfrutem-se.

FRITZ: the cat

Nascido do interesse de narrar a vida de seu gato para seus irmãos mais novos, Crumb inventa o que é considerado sua maior obra Fritz: the cat.

Bandeira do movimento underground símbolo da contracultura nas hqs, fritz é o personagem q melhor expressa os interesses de Robert Crumb com os quadrinhos. Fazer algo adulto, abordando o cotidiano de uma forma visceral e hedonista, com historias acidas, expressando o que sente e pensa. Herança aproveitada por toda uma geração posterior, como os brasileiros Angeli e Laerte.

Fritz quebra o estereotipo dos animais fofinhos até então utilizados nas hqs, em um perfeito retrato em Polaroid da realidade dos becos nova-iorquinos, não deixando nunca de ser parte da contracultura da época, porem crumb jamais permitiria que seu quadrinho fosse deglutido pelo stablishiment da contracultura, transformando-os também numa auto critica ao underground.

Enojado pelo ganancioso sucesso de Fritz e sua entrada para hollywood, Crumb assassina pelas mãos de uma avestruz seu gato com um simples picador de gelo.

THE SPIRIT

Denny Colt é um detetive particular que em uma investigação perigosa é posto em catatonia, quando volta a si resolve manter-se legalmente morto e assumir a identidade de um herói, que emerge de um cemitério periodicamente sobre o nome de The Spirit.

Spirit é um personagem profundamente humano, moldado como um super-herói. Eisner faz um quadrinho inicialmente policial, que viajara pelo drama, humor, horror, romance, Historia entre outros gêneros que lhe fora permitidos, explorando toda latitude e longitude dos quadrinhos de sua época. Assim, Spirit se perde em sua grandiosidade de tal forma que deixa de ser o principal e passa a ser mais um elemento do mundo em que vive, acontecendo assim estórias independentes de sua aparição, como o conto de Gerhard Shnobble.

Alem de sua essência experimental Eisner prezava pela extrema qualidade de sua obra, coisa que existia apenas na Europa e pouco se encontrava nos “super-quadrinhos” americanos. Tudo isso devido ao seu amor por esse meio de comunicação, expresso também pela sua luta para provar que a historia em quadrinhos deve ser considerada como arte. Depois de Eisner os quadrinhos independentes receberam mais atenção no mercado, sem contar na ascensão qualitativa ocorrido neste meio.

BLUEBERRY

O tenente Blueberry é mais um cowboy americano, “but”, ele foi escrito por Jean Giraud, vulgo Moebius, renomado artista francês que aborda o lado anti heróico e humano, se aproveitando, mas ao mesmo tempo indo contra o clichê do faroeste ianque.

Moebius é como Eisner mais um amante dos quadrinhos que busca eternamente melhorar sua arte, e com isso sempre desenvolve demandas estéticas inteiras em quadrinhos, efeitos que não podem acontecer em outra forma de expressão. Ótimo roteirista mas principalmente um Deus dos desenhos, influenciou grandes nomes, um dele Milo Manara.

Blueberry é um ótimo gibi, mas não foi este nas mãos de Giraud que mudou a historia das historias em quadrinhos, e sim todo o trabalho desse artista, que tem sua arte como uma escola no mundo dos quadrinhos. Por isso indico todo trabalho dele, desde os solos até os acompanhado por Alejandro Jodorowsky.

O PIOR DOS QUADRINHO

Mostro aqui obras que mudaram o rumo dos quadrinhos, mas verifica-se que estes quadrinhos foram escritos por gênios, quem acha até deuses da historia em quadrinho, por isso afirmo que não existe um gibi ruim mas sim um escritor deficiente, despreparado ou quem sabe idiota,burro,estúpido.Então indico aqui que leiam tudo que puderem destes que citei acima.

I. Abé

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